quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

ESCRVER E FALAR

Estamos tão acostumados a ler e a escrever em nossa vida diariamente que, às vezes, esquecemos que nem todos escrevem e lêem como nós. Em muitas famílias de classe social baixa, escrever pode se restringir a assinar o próprio nome ou, no máximo, a redigir listas de palavras ou recados curtos.
Antigamente a situação era ainda pior, somente a elite tinha acesso à educação e, conseqüentemente, à escrita. Quem necessitasse escrever uma carta, tinha que solicitar o trabalho dos escribas. A escrita, hoje, já atinge praticamente todas as classes, embora falte muito para que ela atinja toda a população.
Embora seja imenso o número de escritores, é ainda maior o número de leitores. Das pessoas que sabem escrever, a maioria pouco utiliza a escrita e, quando a utiliza, é para coisas elementares, como deixar bilhetes, mandar recados e escrever cartas. Muitos, depois da invenção do telefone, pararam até de escrever cartas, já que falar por telefone é mais prático e se tem uma resposta imediata, pois os interlocutores estão "voz a voz", e a elaboração e produção da fala ocorrem simultaneamente. Escrever é um ato solitário, leva mais tempo, exige, talvez, um pouco mais de concentração, e o escritor tem de se preocupar com o seu virtual leitor. Se não bastasse isso, a escrita é mais formal do que a fala. Outro motivo que faz com que as pessoas prefiram a fala à escrita é que um erro na oralidade não é tão perceptível quanto na escrita.
Talvez estes sejam alguns dos motivos por que as pessoas escrevam tão pouco. É difícil ver os alunos felizes quando o(a) professor(a) lhes pede que façam uma redação; pelo contrário, é sempre um momento de rechaço e dificuldade. O mesmo não ocorre quando o(a) professor(a) lhes pede para contar uma história ou para ler um texto. Ler e falar são mais cômodos que escrever, já que não exigem tanto conhecimento sintático, morfológico e ortográfico quanto a escrita exige.

Um comentário:

  1. O texto diz:"estamos tão acostumados a ler e a escrever em nossa vida..." Mas será que estamos mesmo tão acostumados a escrever com tamanha frequência?! Acho que não! Afinal, a quais pessoas o pronome pessoal reto, nós, está se referindo?
    Outra coisa, acredito eu, que não só antigamente, mas, infelizmente, aina hoje somente a elite tem acesso à educação, pelo menos a uma educação de qualidade, pois sabe-se que muitos têm acesso à escola, no entanto, faltam professores capacitados, melhores condições de trabalho, dentre outros.
    Acho que vocês deveriam rever o texto, pois o mesmo apresenta contradições.

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